A cirurgia plástica mais realizada no mundo é o silicone. O Brasil lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas. Mas a crescente busca pelo explante mamário é uma realidade, devido a doença do silicone. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, em “2018, cerca de 14,6 mil mulheres retiraram os implantes, em 2019, esse número subiu para 19,4 mil”.
A Federação Brasileira de Hospitais confirma a tendência de retirada do implante no Brasil. Pois os dados indicam que só em 2020, houveram mais de 25 mil cirurgias de explantes. Isso é um aumento de 31,6% em relação ao ano anterior.
O que o médico diz sobre a doença do silicone?
“O que antes era uma exceção, hoje virou uma demanda recorrente no consultório”, afirma o Dr. Washington Lima, diretor técnico do CRMA e especialista em microcirurgia reconstrutiva. “Nos últimos anos, a procura por explante cresceu aqui na clínica. Parte das pacientes está motivada por questões estéticas, buscando mais naturalidade. Mas outras chegam com sintomas importantes que nos fazem indicar a retirada por razões de saúde”, explica ele.
Muitas mulheres procuram essa alternativa por causa de sintomas que associam à chamada “doença do silicone”. Mas vale lembrar que este é um termo que se popularizou entre grupos de mulheres que relatavam as reações após o implante. “Estudos sugerem que o silicone pode desencadear uma resposta inflamatória no organismo, que pode surgir ao longo dos anos. Quando a doença se manifesta, o corpo passa a atacar tecidos saudáveis por considerar a prótese um corpo estranho”, explica Dr. Washington.
Quais são os sintomas da doença?
Cansaço constante, dores no corpo, dificuldade para se concentrar, esquecimentos, queda de cabelo, noites mal dormidas, ansiedade e até sintomas de depressão… Mas estes são apenas alguns dos sintomas. Tudo isso pode ser um alerta de que algo não vai bem e que você precisa olhar mais para você.
Essa doença é ainda algo novo, então o diagnóstico é feito descartando outras possíveis causas. “Quando outras doenças são descartadas e a paciente tem uma melhora significativa após o explante, reforça-se o vínculo entre os sintomas e a presença da prótese”, completa o especialista.
Além disso, A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, alertou que mulheres que possuem implantes podem desenvolver certos tipos de câncer. Em 2021 a FDA criou ações para fortalecer a comunicação de risco de implantes mamários. Todos os implantes são obrigados a terem a tarja preta na embalagem.
É importante ressaltar que os sintomas costumam surgir anos depois da colocação do implante, mas algumas mulheres relatam sinais mais cedo. Nem todas as pessoas com silicone desenvolvem a doença.
Mulheres e seus relatos
Muitas mulheres estão compartilhando seus relatos sobre a “doença do silicone”. Seja como alerta, ou desabafo. Mas são relatos necessários que buscam ajudar outras mulheres.
Um dos casos mais recentes é o da Psicóloga Leiliane Rocha, ela possui mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais. Mas mesmo seu nicho não sendo este, ela fez questão de compartilhar os sintomas que vinha sentindo e também o processo de explante.
Outra influenciadora que também compartilhou seu relato sobre a doença do silicone foi a Renata Meins. Em seu canal do Youtube ela desabafou: “Vou tirar meus peitos, o silicone esta me matando!”. Então, você confere o relato completo no vídeo abaixo, ela relata mais dos vários sintomas que podem aparecer.
No vídeo abaixo a Renata conta o resultado do explante de silicone.
A Evelyn Regly também teve problemas com o silicone, mas o caso dela é um pouco diferente. Porque ele teve problema desde a cirurgia. Ela relatou tudo em vídeo, as informações são de utilidade pública.
Esta matéria é para inspirar você a manter o autocuidado. Então, se você tem silicone, confere se sente alguns destes sintomas e sempre cheque com seu médico se o silicone está ok e se a saúde está em dia.
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