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Principais doenças do couro cabeludo e os riscos da automedicação

Coceira que não passa, queda mais intensa e descamação persistente vão além de um simples incômodo do dia a dia. Porque muitas vezes, pode ser um alerta de que o couro cabeludo precisa de avaliação médica. Entre as queixas mais frequentes estão a dermatite seborreica, a psoríase e a foliculite. Embora possam apresentar sinais semelhantes, cada condição exige cuidado específico. O verdadeiro desafio está em reconhecer quando o problema é pontual e quando é hora de buscar atenção especializada. Então, te convidamos a conhecer um pouco mais destas principais doenças do couro cabeludo e o que fazer.

Médico explica sobre as principais doenças do couro cabeludo

Principais doenças do couro cabeludo e os riscos da automedicação

Segundo Leonardo Amarante (CRM/CE 18333), médico e especialista em restauração e transplante capilar, alguns sinais funcionam como alerta. “Inflamação persistente, aumento rápido das lesões e queda localizada são motivos para buscar ajuda”, explica. O médico reforça, ainda, que fatores como estresse, má alimentação e alterações hormonais podem prejudicar ainda mais. “O couro cabeludo responde ao estilo de vida. Então, dormir mal, comer mal e viver sob tensão deixam o ambiente mais vulnerável”, destaca Amarante.

Entre as condições mais comuns que afetam o couro cabeludo estão a dermatite seborreica, a psoríase e as diferentes formas de alopecia. Embora cada uma apresente características próprias, todas têm algo em comum: impactam a saúde dos fios e a qualidade de vida de quem convive com esses sintomas.

Dermatite, psoríase e alopecia:

A dermatite seborreica se manifesta como uma inflamação acompanhada de descamação, coceira e vermelhidão. As conhecidas “casquinhas” brancas ou amareladas costumam surgir em períodos de maior oleosidade, estresse, mudanças hormonais ou queda da imunidade. A condição está associada à proliferação de um fungo natural da pele e tende a apresentar fases de melhora e piora, exigindo cuidados contínuos, produtos adequados e atenção aos sinais do couro cabeludo.

Já a psoríase no couro cabeludo costuma ser mais intensa e persistente. Ela se manifesta por meio de placas espessas, avermelhadas e bem delimitadas, recobertas por escamas grossas e esbranquiçadas. Mas além da coceira, pode causar dor, ardor e sensibilidade. Inclusive, frequentemente ultrapassa a linha do cabelo e atinge a testa, a nuca e a região atrás das orelhas. Trata-se de uma doença inflamatória de origem autoimune, não contagiosa, que requer diagnóstico preciso e acompanhamento médico para controle adequado.

A alopecia é um termo que engloba diferentes tipos de queda capilar fora do padrão considerado normal. Ela pode se manifestar em falhas arredondadas e repentinas, como na alopecia areata, ou em um afinamento progressivo dos fios, comum na alopecia androgenética. As causas variam e podem incluir fatores genéticos, hormonais, emocionais, deficiências nutricionais ou doenças do couro cabeludo. Identificar a origem da queda é essencial para definir o tratamento mais eficaz e preservar a saúde dos fios a longo prazo.

O perigo da automedicação

Principais doenças do couro cabeludo e os riscos da automedicação

Para o especialista, a automedicação é um dos principais pontos de atenção. O uso indiscriminado de shampoos agressivos, receitas caseiras ou produtos comprados pela internet, sem orientação adequada, pode prejudicar ainda mais, e inclusive mascarar sinais importantes do couro cabeludo. “Recebo muitos pacientes que tentaram resolver sozinhos e chegaram com o couro cabeludo sensibilizado. Isso pode, inclusive, atrasar e atrapalhar o tratamento adequado. Produtos com alta carga de fragrância, álcool ou ativos irritantes podem desencadear alergias. Nem tudo que parece bom para o cabelo faz bem para a pele que o sustenta”, alerta o especialista.

Por outro lado, os avanços da dermatologia têm ampliado as possibilidades de tratamento. Terapias mais modernas, com medicamentos de ação direcionada, protocolos combinados e recursos tecnológicos, contribuem para diagnósticos mais precisos e um controle mais rápido das doenças do couro cabeludo.

Para a prevenção, Leonardo Amarante destaca a importância de hábitos simples no dia a dia: manter uma rotina de lavagem adequada, evitar água muito quente, investir em uma alimentação equilibrada e observar com atenção os sinais que o corpo emite. Além disso, o especialista alerta que “o ponto central é não normalizar desconfortos contínuos. Coceira diária, vermelhidão que não melhora e queda fora do padrão são sinais de que algo precisa de atenção. Um diagnóstico simples pode evitar meses de incômodo e até cicatrizes permanentes”. 

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