Com a chegada das férias, muitas mulheres passam a frequentar mais a praia, a piscina e a viajar com maior frequência. Portanto nesse período, é comum que a rotina com a saúde íntima feminina fique mais flexível. Como consequência, os reflexos aparecem nos consultórios médicos. Segundo a ginecologista Camila Bolonhezi, o verão é a época do ano em que mais aumentam os casos de infecções vaginais, irritações e desequilíbrios íntimos. Por isso, a especialista reforça que pequenas atitudes no dia a dia ajudam a evitar grandes desconfortos e garantem mais bem-estar durante toda a temporada.
Maiô molhado e calor: atenção redobrada

Durante o verão, um dos principais riscos para a saúde íntima feminina é permanecer por muitas horas com biquíni ou maiô molhado. Então, segundo a ginecologista Camila Bolonhezi, a umidade constante favorece alterações no pH vaginal e cria um ambiente propício para fungos e bactérias. Por isso, a orientação é secar bem a região íntima e trocar a peça molhada sempre que possível.
Além disso, infecções como candidíase, vaginose bacteriana, dermatites e irritações na vulva se tornam mais comuns nessa época. Isso acontece, principalmente, pela combinação de calor, suor e tecidos sintéticos.
Água de piscina e mar: como proteger a saúde íntima feminina

Outro ponto de atenção para a saúde íntima feminina é o contato frequente com água clorada ou muito salgada. A ginecologista explica que o cloro pode ressecar a mucosa vaginal, enquanto o sal do mar tende a causar irritações, especialmente em quem já está mais sensível.
Por esse motivo, a especialista recomenda enxaguar o corpo com água doce após sair do mar ou da piscina, mas também a evitar produtos perfumados na região íntima.
Depilação no verão exige mais cuidado

Com o uso mais frequente de biquíni, muitas mulheres aumentam a depilação, principalmente com lâmina. No entanto, Camila alerta que esse hábito pode causar foliculite, irritações e pequenas lesões na pele.
O ideal, segundo a especialista, é evitar a depilação no mesmo dia da exposição prolongada ao sol. Isso porque a pele fica mais sensível e o calor pode facilitar inflamações.
Roupas apertadas e tecidos inadequados

Além disso, roupas muito justas, saídas de praia sintéticas e peças molhadas por longos períodos criam um ambiente quente e abafado. Isso pode prejudicar a saúde íntima feminina e aumentar o risco de desconfortos.
De acordo com Camila, optar por tecidos de algodão e roupas leves ajuda a pele a respirar melhor e reduz as chances de infecções.
Hidratação e cuidados após a exposição

O verão também pode intensificar o ressecamento da pele e causar irritações. Por isso, manter o corpo hidratado faz toda a diferença.
Beber água ao longo do dia, usar protetor solar adequado e aplicar hidratantes neutros após o banho são atitudes simples, mas muito importantes para o bem-estar geral e íntimo.
Automedicação pode trazer riscos
Durante as férias, é comum recorrer a pomadas e medicamentos sem orientação médica. No entanto, essa prática pode mascarar sintomas e até agravar o problema.
Segundo a ginecologista, nem toda coceira é candidíase e nem toda ardência indica infecção. Portanto sempre que surgirem alterações, o mais seguro é buscar orientação profissional.
O que levar na mala para cuidar da saúde íntima feminina

Para viajar com mais tranquilidade, Camila recomenda incluir na mala:
- sabonete íntimo neutro (uso externo),
- protetor solar,
- hidratante corporal, minha dica é o creme perfumado do Boticário,
- peças íntimas de algodão,
- roupa seca extra para praia ou piscina,
- garrafa de água, pois reforça a hidratação.
Sugestões
Prevenção e equilíbrio para um verão leve
Por fim, a especialista reforça que cuidar da saúde íntima feminina não impede aproveitar o verão. Pelo contrário, hábitos simples garantem mais conforto e bem-estar em cada momento.
“O verão é uma época maravilhosa, mas precisamos respeitar o funcionamento do corpo. Com alguns cuidados simples, é possível curtir sem abrir mão do bem-estar”, conclui Camila Bolonhezi.



