
Chloé apresenta sua coleção de verão 2026 na semana de moda em Paris. Entre drapeados e peças cheias de volume, a diretora criativa Chemena Kamali, se destaca em mais um trabalho impecável e cheio de atitude. Pois é o que traduz cada uma de suas peças.
Fundada em 1952 por Gaby Aghion, uma parisiense nascida no Egito, a Chloé transformou a moda ao libertar as mulheres das rígidas convenções da época. Pois foi ela quem deu vida ao conceito de luxo pronto para vestir, unindo elegância e liberdade em cada criação. Pois Gaby acreditava que a verdadeira sofisticação está em ser autêntica, em ousar ser quem se é.
Coleção de verão da Chloé

“Criei a Chloé porque amava a ideia da couture, mas achava o conceito um pouco ultrapassado – um tanto artificial. Uma coisa bela e de qualidade deve ser vista nas ruas, usada por mulheres reais.”
— Gaby Aghion
Hoje, sob a direção criativa de Chemena Kamali, a Maison mantém viva essa essência feminina, mas também natural e espontânea que sempre definiu o espírito Chloé.
“Quis explorar o que a ideia de couture poderia significar dentro do contexto da Chloé. Um paradoxo para uma maison fundada sobre os princípios de liberdade democrática e leveza – algo que, à primeira vista, não faz parte de seu DNA essencial. Quis testar os limites do que define a Chloé, mas expandindo sua linguagem, levando-a a novos e inexplorados territórios e revisitando o motivo e a forma como Gaby Aghion fundou a marca”, explica Chemena.
A coleção de verão da Chloé vem com maxi floral, cores quentes e volume. Mas além disso, o destaque das peças fica por conta dos drapeados, com formas exuberantes e muito movimento.
“Assim, voltei a algo muito pessoal para mim: o gesto instintivo do drapeado, buscando forma, volume e movimento. Uma leveza obtida por meio de pregas, nós e envolvimentos. Espontâneo, mas cuidadosamente estudado. Então, para mim, essa coleção tornou-se uma fusão entre a grandiosidade das técnicas inspiradas na couture e a simplicidade dos tecidos mais cotidianos, como o algodão popeline. Eliminei tudo o que não fosse essencial, trabalhando apenas com materiais simples, “pobres”, e dando-lhes forma por meio do drapeado. Portanto reinterpretei estampas florais dos arquivos dos anos 1950 e 1960 e redesenhei peças clássicas do guarda-roupa exterior em algodões leves e fluidos,” comenta a diretora.
Chloé apresenta couture e simplicidade em sua coleção de verão
O desfile da Chloé foi irreverente e cheio de significado. A diretora criativa uniu liberdade e propósito, ressignificando a linguagem da marca, mas sem mudar sua essência. O resultado são peças robustas, mas com detalhes que trazem feminilidade e sofisticação.
As pregas e os drapeados, dão forma, elevando assim as peças a um nível artístico interessante, trazendo intensidade. Já as peças mais enxutas, se destacam pelas cores e cortes mais retos, como as peças mais justas ao corpo.
Para 2026 Chloé aposta em um verão com florais clássicos, mas também muitos babados.
Confira o vídeo do desfile e se inspire ainda mais: