
Uma das últimas grandes tendências dos últimos meses, viralizou nas redes sociais com a hashtag #AntiSunscreen. A gente costuma associar tendência a coisas boas, mas essa pode gerar um grande perigo para a saúde da pele. O movimento anti-protetor solar teve mais de 6 milhões de visualizações. Isso mostra um movimento gigante contra o uso dos protetores solares. Resultado da desinformação e distorção de um estudo feito pela FDA, nos EUA.
O Dr. Raul Cartagena Rossi (CRM/SP: 224.016 RQE 141952). Médico membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e consultor da TheraSkin®, explica o grande risco que esse Movimento Anti-Protetor Solar representa para saúde da pele.
Hoje em dias as redes sociais são a principal fonte de informação de milhares de pessoas. Mas infelizmente, nem tudo o que está nas redes é verdade, de fato. Por isso é muito importante que todos sejam criteriosos com as informações que recebem. Para assim, evitar compartilhamento de fake news e o aumento da desinformação.
A hashtag #AntiSunscreen já ultrapassou 6 milhões de visualizações e #NoSunscreen, mais de 12 milhões, acompanhadas pelo aumento de buscas como “protetor solar causa câncer?”
Como surgiu o movimento anti-protetor solar?

Esse movimento anti-protetor solar, surgiu após um estudo publicado em 2019 pela FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos. Pois o documento mostrou que alguns filtros químicos presentes em protetores solares podiam ser absorvidos e detectados no sangue. No entanto os próprios autores explicaram que isso não significava risco para a saúde, até o momento. Porém, o estudo acabou sendo distorcido nas redes sociais. Muitas pessoas afirmando que o produto seria tóxico e dividindo dicas caseiras para substitui-lo.
“Os resultados do nosso estudo divulgados hoje mostram que há evidências de que alguns ingredientes ativos do protetor solar podem ser absorvidos. No entanto, o fato de um ingrediente ser absorvido pela pele e pelo corpo não significa que o ingrediente não seja seguro, nem o FDA que busca mais informações indica isso. Em vez disso, essa descoberta exige mais testes da indústria para determinar a segurança e o efeito da exposição sistêmica de ingredientes de protetor solar, especialmente com uso crônico.”
Janet Woodcock, MD, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.
Somando a isso, o escândalo na Austrália, sobre os testes que revelaram que alguns produtos não atingiam o FPS prometido, acabou inflando ainda mais a desconfiança em torno do uso do protetor solar. Embora os testes não tenham sido feitos no Brasil. Mas é importante reforçar que esses casos não anulam a eficácia do produto quando ele é testado, regulamentado e utilizado corretamente. Por isso é super importante escolher produtos de qualidade e de empresas comprometidas.
Do outro lado, a ciência e a prática médica caminham juntas e em consenso, de que o protetor solar é indispensável para a prevenção do câncer de pele e da radiação ultravioleta. No Brasil, os casos de câncer de pele são alarmantes. Pois, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), “o país deve registrar, a cada ano entre 2023 e 2025, cerca de 220,5 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e 9 mil casos de melanoma”.
De acordo com o médico dermatologista Raul Cartagena Rossi, o movimento anti-protetor solar traz risco para a saúde. “A radiação ultravioleta é comprovadamente cancerígena. O uso regular do protetor solar reduz significativamente a incidência de câncer de pele e o envelhecimento precoce. Deixar de usar o produto com base em informações distorcidas é expor a pele a um perigo real.”
Exposição excessiva ao sol acelera o envelhecimento e aumenta o risco de câncer de pele

A exposição solar é cumulativa, e os raios UV conseguem penetrar profundamente na pele. “Isso pode causar pintas, sardas, manchas, rugas e outros sinais de envelhecimento. A exposição em excesso ainda favorece o surgimento de tumores benignos e malignos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma”, acrescenta o especialista.
Dr. Raul explica que o estudo da FDA foi mal interpretado. Pois, de acordo com ele as pesquisas indicam que certas substâncias do protetor solar podem ser encontradas no sangue. Porém em níveis extremamente baixos e sem evidências de danos à saúde. Além disso, é importante destacar que isso não significa que sejam tóxicas. Afinal, se realmente houvesse risco, órgãos reguladores como a Anvisa e o FDA já teriam restringido o uso desses componentes.
Outro alerta que o Dr. Raul faz é o das receitas caseiras. Pois esses produtos não vão chegar perto do FPS 30, que é o recomendado. Mas em alguns casos, os danos podem ser muito piores, pois pode causas manchas e até mesmo queimaduras. Então, a indicação segura continua sendo usar o protetor solar diariamente.
Quais os melhores protetores solares?
O protetor solar precisa ser usado sempre, e reaplicado a cada 2 horas. Mas Chapéus, óculos de sol e roupas com tecido de bloqueio UV também reforçam a proteção. Como conclui o Dr. Raul: “O protetor solar não é inimigo, é um aliado. Seu uso diário é essencial para preservar a saúde da pele e reduzir de forma significativa o risco de câncer”.
Duas opções de proteção solar para manter a pele bem:
- Protetor Skin active: perfeito para peles oleosas. possui FPS30 e contém vitamina C em sua composição. É uma ótima opção para pessoas que possuem peles mais oleosas, pois consegue deixar a pele sequinha e uniformiza o tom em até uma semana. Proporciona a sensação de pele limpa por mais tempo e seu efeito matte dura até 12 horas.
- UV Less: FPS 70. O produto possui toque seco, fórmula oil free e textura ultraleve, além de uma fórmula enriquecida com ácido hialurônico, niacinamida, vitamina E e alantoína, ativos que hidratam, acalmam e ajudam na reparação e proteção da pele.