
Novamente reacendeu o alerta nas mídias digitais sobre os sintomas iniciais de câncer de pele. Isso aconteceu porque os médicos diagnosticaram o ex-presidente Jair Bolsonaro com essa doença. O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil. Pois se refere a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Esses dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estima-se que, o país deve registrar, a cada ano entre 2023 e 2025, mais de 220 mil novos casos de câncer de pele não melanoma e 9 mil casos de melanoma.
De acordo com o Dr. Hugo Sabath (RQE 39571 MAT S-2243), cirurgião plástico da Clínica Líbria: “O câncer de pele não escolhe idade, profissão ou classe social. Por isso a grande arma contra ele é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo identificamos e removemos a lesão, maiores são as chances de cura e menores os impactos estéticos e funcionais”, explica.. Por isso é fundamental conhecer os sintomas iniciais de câncer de pele.
Quais os tipos de câncer de pele?

O câncer de pele se classifica em dois tipos principais:
Não melanoma: este é o tipo mais comum, mas geralmente é menos agressivo. Inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular. Esse tipo de câncer costuma surgir em áreas expostas ao sol e, quando tratado precocemente, apresenta maiores chances de cura.
Melanoma: costuma ser menos frequente, mas muito mais agressivo. Pois pode espalhar rapidamente para outros órgãos se não houver diagnóstico precoce. Portanto a maioria das mortes é causada por ele.
“A diferença entre os tipos é crucial. Enquanto o não melanoma pode ser controlado com procedimentos relativamente simples, o melanoma exige atenção redobrada e, muitas vezes, tratamentos mais complexos”, detalha o Dr. Hugo Sabath.
A cirurgia do câncer de pele

A remoção cirúrgica do câncer de pele garante que todas as células serão retiradas com segurança. Mas dependendo do tamanho, a área pode ter que ser reconstruída.
É fundamental que um profissional competente faça o procedimento, pois o câncer de pele não é apenas uma mancha, mas uma doença séria que exige cuidado e profissionalismo.Afinal, só assim para conseguir a cura.
Como se prevenir do câncer de pele

Segundo a Dra. Samara S. O. Kouzak (CRM-DF 17.183 | RQE 11.811), médica dermatologista, especialista em dermatologia clínica e estética avançada, e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o movimento anti-protetor solar representa um risco significativo para a saúde pública. “A exposição desprotegida aos raios ultravioleta está diretamente associada ao desenvolvimento de câncer de pele, queimaduras e ao envelhecimento precoce. O protetor solar é uma das formas mais eficazes de prevenção e deve ser utilizado diariamente”, ressalta.
O Dr. Hugo Sabath, reforça que o sol é o principal fator de risco para o câncer de pele. Portanto a prevenção deve começar cedo, ou seja, desde a infância. Os cuidados incluem:
- Uso diário de protetor solar com FPS acima de 30, mas sempre reaplicado a cada 2 horas.
- Evitar exposição direta e prolongada ao sol entre 10h e 16h.
- Optar pelo uso de proteção extra, como roupas com proteção UV, chapéus de abas largas e óculos escuros.
- Manter a ida ao dermatologista e especialistas com regularidade.
Qualquer pessoa pode acabar sofrendo com o câncer de pele, independentemente da cor da pele. Quem tem queimaduras de pele e não se protege, acaba tendo mais chances de desenvolver a doença.
Quais os sintomas iniciais de câncer de pele?
A prevenção é importante, mas é fundamental sempre notar as mudanças da pele. Ou seja, manter o autocuidado é fundamental e pode salvar a própria vida. Então, é necessário ficar em alerta com feridas que não cicatrizam ou manchas com cores escuras e irregulares.
“Uma das ferramentas que sempre reforçamos aos pacientes é a regra do ABCDE do melanoma:
- A: Assimetria da lesão;
- B: Bordas irregulares;
- C: Cor variada;
- D: Diâmetro maior que 6mm;
- E: Evolução rápida.
Se uma pinta ou mancha se encaixa nesses critérios, é preciso procurar um médico com urgência”, explica o cirurgião.