Tristeza não é depressão: sintomas e quando buscar ajuda - Charme-se
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Tristeza não é depressão sintomas e quando buscar ajuda

Muitas vezes confundida uma com a outra, mas tristeza não é depressão. Este mês é conhecido como Setembro Amarelo, uma campanha para conscientização e prevenção ao suicídio. A ideia é promover debates sérios sobre o autocuidado mental e como buscar ajuda.

Primeiramente é importante esclarecer que sentir tristeza faz parte do processo da vida de qualquer pessoa. Mas alguns sintomas podem esconder algo mais sério. Por isso é tão importante cuidar também da saúde mental com carinho. A Psicanalista Fabiana Guntovitch, explica as diferenças e alerta para os riscos da banalização dos sintomas da depressão.

Por que tristeza não é depressão?

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Foto de Renan Lima – mulher no por do sol Setembro amarelo tristeza não é deressão

Segundo a psicóloga e psicanalista Fabiana Guntovitch, a tristeza é uma emoção natural e temporária, ligada a acontecimentos específicos. Mas a depressão é uma doença clínica marcada por alterações químicas e estruturais no cérebro. “A tristeza faz parte da vida, é uma reação saudável e adaptativa às frustrações, perdas ou desafios. Já a depressão compromete o funcionamento global da pessoa, afetando humor, energia, motivação e os pensamentos”, explica Fabiana.” explica.

A Dra. explica que entender que tristeza não é depressão, ajuda a combater o preconceito e também no diagnóstico precoce, pois pode evitar maiores transtornos e até o suicídio. “Vivemos em uma sociedade que tem dificuldade em lidar com sentimentos difíceis. Existe uma cobrança de estar feliz o tempo todo, o que é impossível. Quando invalidamos a tristeza, corremos o risco de minimizar a depressão e até mesmo julgá-la como frescura ou fraqueza. Isso agrava o quadro e dificulta que as pessoas busquem a ajuda necessária”, afirma ela.

Quais os sintomas mais comuns da depressão?

De acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), considera-se depressão quando alguém apresenta cinco ou mais sintomas por pelo menos duas semanas, sendo obrigatoriamente um deles humor deprimido ou perda de interesse ou prazer em atividades antes prazerosas. Outros sinais incluem alterações no sono e apetite, falta de energia, sentimento de culpa ou inutilidade, dificuldade de concentração, e até pensamentos de morte ou suicídio.

Dra. Fabiana destaca que quando os sintomas comprometem o dia a dia, é necessário ficar em alerta e buscar ajuda médica o quanto antes. “É urgente buscar ajuda não apenas quando há risco à própria vida, mas quando a qualidade de vida está impactada pela depressão. Ainda que o apoio consistente de familiares e amigos, sem julgamentos, seja fundamental para a recuperação, depressão é um transtorno grave cujo tratamento deve ser conduzido por profissionais qualificados da área da saúde mental”, explica.

O que fazer quando notar os sintomas?

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Foto de Renan Lima – mulher no por do sol Setembro amarelo saúde mental

A psicanalista explica que a depressão não tem uma única causa: ela surge da soma de fatores biológicos, psicológicos e também sociais. Por isso, o tratamento precisa olhar para essa complexidade. Cuidar da saúde mental pode envolver psicoterapia, uso de medicamentos quando necessário e mudanças no estilo de vida, hábitos mais saudáveis que tragam mais equilíbrio e bem-estar. “A depressão deve ser compreendida sob o tripé biopsicossocial. A boa notícia é que quando o tratamento é bem conduzido, as chances de sucesso são muito altas”, conclui. Percebeu qualquer uma destas mudanças e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica. Cuidar da saúde precisa ser prioridade.

Confira um vídeo onde a psicanalista Fabiana explica sobre o assunto e esclarece muitas dúvidas sobre saúde mental.

Autocuidado não é só usar aquela peça de roupa bonita ou colocar o skincare em dia. Autocuidado é também, cuidar do corpo de dentro para fora e da saúde mental. Afinal, é ela que rege toda a nossa vida, influencia nossas escolhas e dá equilíbrio para cada passo que damos.

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